Fragmentos de mim

29.11.06

Mim ser distraída, só distraída...

Não ser linfoma, ser lipoma!!!!!

27.11.06


Contos de fada do séc. XXI

Em pleno séc. XXI mulheres jovens, bonitas, inteligentes e bem-sucedidas profissionalmente continuam a acreditar em contos de fada. Os afectos continuam a dominar a ordem do dia e da noite. Mal conhecem um homem que lhes dá duas de letra e um pouco de atenção... Caem que nem patas bravas. O sonho do príncipe montado no seu corcel branco, que chega para as salvar invade a mente, imparável.

Infelizmente, na maior parte dos casos, o príncipe não passe de um sapo repelente, frequentemente encontrado às três pancadas no Hi5, que lhes mente com quantos dentes tem e que nem sequer lhes dá um número de telefone verdadeiro. O sexo é confundido com paixão e amor. A superficilidade fácil das conversas na net é confundido com a intimidade. E mergulham de cabeça. Patranhas, asneiras e mentiras. E a suposta princesa continua a sonhar sem querer acreditar que pode estar a viver uma mentira...

Pena é que me faça a cabeça em água com as suas dúvidas existenciais. Já não há paciência!

26.11.06

Dos valores. Ou não.

Esta coisa da participação é engraçada. Como já dizia alguém, "primeiro estranha-se, depois entranha-se". Para mim é um natural high, um speed, um orgasmo mental. É sentido de pertença e a possibilidade de fazer alguma coisa pelo meu país.

É por isso que me surpreendo sempre com a apatia que grassa por aí. Com a vontade que a maioria das pessoas têm de deixar as coisas cada vez mais na mesma, de não se chatearem.
Esta coisa do referendo acerca da despenalização da IVG tem sido uma surpresa negativa. As pessoas estão-se pura e simplesmente marimbando. E as que não estão não querem intervir publicamente, com medo de represálias, por medo do que as outras pessoas vão pensar e outros argumentos igualmente idiotas. E depois, existem as pessoas pelo NÃO. Como é possível defender os direitos de um embrião e negligenciar os direitos de uma mulher e homem? Como é possível afirmar que uma mulher controla o seu dinheiro, a sua vida mas não lhe permitir controlar o próprio corpo? Como é que a vitória do não ajuda as pessoas?

É por estas e outras que a liderança é mesmo uma questão situacional. É vontade de perceber uma necessidade e ter vontade de contribuir para a mudança. É fazer acontecer aquilo que mais ninguém quer ter o trabalho de preparar mas gostaria de ver implementado. É uma carga de trabalhos. É assim que uma pessoa normal começa a mudar o mundo que o/a rodeia. É assim que eu o vou começar a fazer.

24.11.06

"Funeral Blues"

A próposito de nada, excepto o facto de achar este poema lindíssimo:

Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead.
Put crepe bows round the white necks of public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West.
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever; I was wrong.

The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood;
For nothing now can ever come to any good.


"Funeral Blues" - Poema de W. H. Auden

22.11.06

A vida muda em cinco segundos

Costumo dizer que bastam cinco segundos para a vida mudar por completo. Mas claro, refiro-me à vida das outras pessoas. Ainda me acho a super-mulher. Ainda acho que sou invencível e que nada me derruba, quase todos os dias. No entanto, quando a vida ameaça pregar uma rasteira das grandes, há que parar e pensar seriamente no que ando a fazer. Linfoma. Possível linfoma. Se for verdade lá vou ter eu que parar de correr e de fugir de mim própria. Não há sítio onde me possa enconder.

18.11.06

Cheguei a casa?

Ontem tive a sensação de ter chegado a casa... Talvez não tenha chegado, de facto. Mas que pareceu, pareceu...

13.11.06

"Não achas que sermos curiosos é mais importante do que sermos parecidos? Porque somos diferentes poderemos divertir-nos intercambiando mundos e oferecendo um ao outro o nosso amor e entusiasmo." Richard Bach

A descoberta das semelhanças e diferenças em 9.11.06

8.11.06

Et voilá!!

E assim se faz luz, num passe de mágica! :)

7.11.06

"Mudas de destino todas as semanas?!?!"

Mas que porra de comentário é este?

Com amigas destas, quem precisa de inimigas?

5.11.06

(In) Decisões

P: Ir ou ficar? Investir ou não investir? Continuar a estudar ou não continuar estudar? Área profissional de sempre ou área profissional nova? Namorado novo ou ex velho? A insegurança do conhecido ou a insegurança do desconhecido?
R: Arriscar
P: Onde? Quando? Como?

4.11.06

(...)
Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que sejaa
pagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
(...)

Encarreirada... ou nem por isso...

Esta coisa das carreiras tem muito que se lhe diga.
A mamã e o papá e outras pessoas da sua geração escolheram uma profissão (seja ela qual for) e tendem a ficar nela para o resto das suas vidas. Seca monumental, não? Sim, claro que sim. Mas uma seca segura. A malta jovem da actualidade é confrontada com uma imensidão de possibilidades, nacionais e internacionais, bombardeada com informações... O mundo é o mínimo a pedir e pode mesmo ser obtido. Se se souber procurar as oportunidades certas no momento adequado. E quando a oportunidade e o momento passaram? O que fazer? O que fazer perante a imensidão de possibilidades que ficaram para trás? Será possível recuperar o tempo perdido? E se não for? Como competir com pessoas cada vez mais jovens, mais competentes a todos os níveis? Como não perder o comboio do futuro sem deixar de compromissos já assumidos consigo própri@ e com @s outr@s? Como continuar a especialização profissional sem deixar de assumir compromissos futuros? Como manter congruência no CV (e credibilidade) e mudar de área? Ter o melhor dos dois mundos é uma missão impossível? Se alguém souber a resposta por favor responda.

2.11.06

Verdade e nada mais do que a verdade!

Com a verdade me enganas... Este é provavelmente o maior dos paradoxos. Ouves a verdade. A verdade que não vem embrulhada num belo papel e não tem um fantástico laçarote no topo. A verdade que se apresenta sob a forma de perguntas, piadas, insinuações acerca do outro que se referem ao próprio comportamento, afirmações cruas... A verdade tão verdadeira que até parece mentira.
Acreditar ou não acreditar nessa verdade tão verdadeira, eis a questão. Se acreditas e confias, estás no trapézio sem rede. Se não acreditas e confias perdes a oportunidade.
Quem diz a verdade e nada mais do que verdade não mente. Está escudado sobre o manto da sinceridade, protegido para todo o sempre de acusações, recriminações, sentimentos de culpa. Dizer sempre a verdade, nada mais do que a verdade é a forma suprema de engano do outro.